O governador do Amazonas, José Melo, anunciou ontem(3), que os presos mortos sejam indenizados pelo massacre que aconteceu em uma penitenciária na capital do estado. Na virada do ano, uma guerra entre facções, levou a morte de sessenta pessoas durante rebeliões em três unidades diferentes de detenção no estado. As indenizações serão pagas às famílias dos mortos. Durante a coletiva de imprensa, o Ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes também se pronunciou. O governo ainda não confirmou o valor, porém, acredita-se que a quantia seja estipulada em pelo menos R$ 150 mil, pois, o Tribunal de Justiça do estado já deu decisões parecidas nesse sentido. Caso essa quantia seja mesmo confirmada, os cofres públicos vão ter que desembolsar R$ 9 milhões. É esse também o valor que é divulgado nas redes sociais, o que tem causado muita revolta.
Alexandre de Moraes - Ministro da Justiça e cidadania
Foto(divulgação)
"A gente paga para manter o bandido na cadeia e tem que pagar por eles se matarem também. Esse país está perdido mesmo", disse um internauta. O motim organizado por um grupo criminoso teve repercussão mundial. A Organização das Nações Unidas (ONU) determinou que uma intensa investigação seja feita para apurar o que teria motivado "tamanha barbárie". A secretaria de segurança do estado tenta se defender e diz que não invadiu a unidade, pois não teria a menor segurança para os próprios presos, o que poderia representar um novo "Carandiru". Em 1992, 111 presos foram mortos no presídio de São Paulo, na maior barbárie do tipo no Brasil. A rebelião começou na tarde de domingo(1) e durou mais de 17 horas, atingindo principalmente o Complexo Penitenciário Anísio Jobim e mais 3 unidades prisionais de Manaus. Os motins deixaram 60 mortos e 184 presos foragidos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, até ontem(3), 50 presos já haviam sido recapturados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário