A Pólis Propaganda e Marketing, empresa do jornalista e publicitário João Santana, com prisão decretada pela Operação Lava Jato, na reeleição da petista, Dilma Rousseff em 2014, recebeu R$ 70 milhões da campanha, em valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral para "produção de programas de rádio, televisão ou vídeo". No mesmo ano, a agência recebeu mais R$ 8 milhões do Partido dos Trabalhadores; e sua agência de internet, Digital Pólis, recebeu R$ 4 milhões do então candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT).
Ainda antes da 23ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda (22) para investigar repasses de subsidiárias da Odebrecht para contas controladas pela Pólis em paraísos fiscais, a empresa já havia negado irregularidades nas operações em janeiro. Na época, a revista "Veja" publicou reportagem sobre as investigações, classificada pela Pólis como "furada". A empresa negou que fizesse caixa dois para campanhas e afirmou recolher todos os impostos, com as contas aprovadas pelo TSE. João Santana recebeu US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Investigadores suspeitam que ele foi pago com propina de contratos da Petrobras. "Há o indicativo claro de que esses valores têm origem na corrupção da própria Petrobras. É bom deixar isso bem claro, para que não se tenha a ilusão de que estamos trabalhando com caixa 2, somente", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Na petição encaminhada a Moro, o casal pediu providências para que a sua chegada ao país não se tornasse um " odioso espetáculo público". A Justiça Federal do Paraná, bloqueou R$ 25 milhões das contas do marqueteiro e sequestrou 1 apartamento de sua propriedade na Zona Sul de São Paulo. Segundo as investigações, o imóvel teria sido pago com dinheiro oriundo de corrupção na Petrobrás. O patrimônio de João Santana saltou de R$ 1 milhão em 2004, para R$ 59 milhões em 2014.
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